
A maior parte da dívida é com empréstimos em banco para obras inacabadas, com precatórios, o Ministério da Previdência Social, hospitais da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna e companhia de eletricidade. Há também a dívida da Emasa, que é enorme e ainda não foi calculada.
Segundo uma fonte do primeiro escalão, a dívida cresceu sem parar nos últimos 8 anos por causa do descontrole do ex-prefeito Fernando Gomes e do atual. “Principalmente nos primeiros anos do atual governo, quando quem mandava nas finanças era o secretário Carlos Burgos”, afirma.
Campanha
Segundo essa mesma fonte, o descontrole nos gastos públicos explodiu mesmo foi neste ano de eleição, com a realização de obras não planejadas e distribuição de asfalto em quase todos os bairros onde o prefeito realizava eventos de campanha.
Moradores de bairros como São Pedro, Maria Pinheiro, São Roque, Zizo, Urbis IV e Vila Anália contam que o asfalto foi jogado nas ruas sem fazer uma base. “Aqui existem diversas ruas onde o trabalho foi mal feito e já estão esburacadas”, conta Adelina Santos de Oliveira, do São Pedro.
O aposentado José Mário de Sousa afirma que no Vila Anália o trabalho ficou pela metade. “Vamos continuar enfrentando problemas como alagamento e esgoto a céu aberto. Aqui houve um verdadeiro desperdício do dinheiro do povo. E nada acontece”, desabafa.
Fazer caixa
Para tentar reduzir o rombo, principalmente de gastos no período de campanha eleitoral, o prefeito José Nilton Azevedo encaminhou para a Câmara de Vereadores o projeto de Lei 2.220. Ele foi aprovado em regime de urgência e instituiu o Programa Municipal de Recuperação Fiscal - Refis.
Com isso, Azevedo ficou autorizado a conceder dispensa integral dos encargos devidos à Fazenda Pública Municipal, relativos a multa e juros de mora para pagamento das dívidas à vista ou em duas parcelas. O projeto foi aprovado por vereadores temporários.
Para ser beneficiado, o inscrito na dívida, ativa ou não, deve fazer o pagamento até o dia 28 de dezembro, três dias antes de o atual prefeito deixar o cargo. Pouca gente acredita que este dinheiro extra seja usado em benefício da cidade.
A prefeitura informou que a lei “autoriza ao Departamento de Tributos conceder o parcelamento da dívida em até duas vezes, desde que o recolhimento da última parcela ocorra até 28 de dezembro, considerando-se para efeito de quitação a data de autenticação bancária)”.
A REGIÃO
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