SALVADOR - O governador Jaques
Wagner (PT), em entrevista coletiva na
Governadoria, nesta sexta-feira (4),
descartou a possibilidade de o Estado
tomar outra atitude para impedir a
sequência da greve dos professores,
iniciada no último dia 11 de abril,
além da aprovação dos projetos
aprovados na Assembleia Legislativa,
que concederam aumentos de 3% e
4% para a categoria.
Embora a classe reivindique um
incremento de 22,22%, conforme o
piso nacional estabelecido pelo
Congresso em março, o chefe do
Executivo estadual argumenta que os
pagamentos feitos a partir das novas
leis já superam o valor, que “está
longe do fim da fila”. Ele justifica que
além de o orçamento baiano ser o
25º per capta do país, ainda precisa
negociar com outros grupos de
servidores. “Eu preciso fazer concurso
de polícia. Eu acabei de formar 1,8 mil
policiais. Isso tudo entra na folha. Vai
ser custo.
Tem o reajuste dos policiais do fim do
ano. Tem outras categorias que estão
negociando. Então, não tem só
professor. Eu acho que o passo tem
que ser de lá para cá”, apostou.
Segundo o petista, a reclamação dos
grevistas de que haveria verba de
outros setores que poderia ser
remanejada para atender ao pleito é
inviável. “Eu não tenho espaço fiscal
para fazer [aumento] e eu não vou
fazer loucuras.
As pessoas às vezes falam: ‘ah, corta
isso, corta aquilo’. São gastos
separados. O que se gasta de
investimento é uma coisa e o que se
gasta com pessoal é outra coisa. É o
custeio. Uma coisa não interfere na
outra. O fato de construir estrada não
tira dinheiro do salário dos
professores”, exemplificou.
Wagner clamou ainda que, na
assembleia dos docentes na próxima
segunda (7), seja decretado o retorno
dos profissionais às salas de aula para
que sejam discutidos os dias parados
e a reposição. “Eu acho incrível,
inclusive, que alguém tenha dito que
não vai repor as aulas. Querendo o
quê? Macular o ano letivo dos
meninos? Prejudicar a população
mais carente do estado?”, indagou.
sábado, 5 de maio de 2012
Wagner nega contraproposta do Estado para professores: ‘Eu acho que o passo tem que ser de lá para cá’
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