ao trabalho na Assembleia Legislativa
da Bahia. Além de ausente de boa
parte das sessões realizadas no ano
passado, segundo o Portal
Transparência Brasil, Ângela Sousa
(PSD) está entre os parlamentares que
mais apresentaram projetos
irrelevantes.
Dos 155 projetos, quase
76% não têm qualquer
importância. Mesmo
ganhando salário de cerca
de R$ 20 mil mensais, a
deputada Ângela Sousa está
entre os parlamentares que
mais têm faltado ao
“trabalho”. De 133 sessões
em 2011, a parlamentar não
participou de pelo menos 48.
Pelo regimento interno
da Assembleia Legislativa, o deputado
estadual pode faltar a no máximo 44
sessões ordinárias ou 33% delas,
desde que se justifique. Quem
ultrapassar esse limite deve ter o
mandato questionado e até cassado,
mas a ilegalidade é protegida pelo
corporativismo.
Preguiçosos
Além da deputada, que tem base
eleitoral em Ilhéus, a lista dos que
odeiam comparecer à Assembleia
Legislativa inclui Ângelo Coronel (PSD),
com 48 faltas; Cláudia Oliveira (PSD),
com 46; Eures Ribeiro (PV), com 47, e
Fátima Nunes (PT) com 53 faltas.
Mais Maria Luiza (PSD), com 50
faltas; Paulo Rangel (PT), com 45;
Ronaldo Carletto (PP), com 49 e
Rogério Andrade (PSD), com 53
ausências. Ele teve o mandato
ameaçado e acabou se livrando da
cassação porque, por conveniência, a
Mesa Diretora arquivou o processo
na quarta-feira 25.
O número de faltas deve
aumentar neste ano, quando muitos
dos deputados estaduais vão
concorrer às eleições municipais. Este
é o caso de Cláudia Oliveira, que deve
concorrer à prefeitura de Porto
Seguro. Quem não vai concorrer,
estará na campanha dos
correligionários.
Foi exatamente por causa da
ausência de deputados no plenário
da Assembleia Legislativa que a
sessão para definir o futuro do
deputado Rogério Andrade foi adiada
duas vezes. Na segunda tentativa de
votação do processo de cassação,
apenas cinco dos 63 parlamentares
compareceram.
Irrelevantes
Nass poucas vezes em que
comparecem, a maioria dos
deputados apresenta projetos sem
relevância. Mais uma vez, Ângela
Sousa está na lista dos que
propuseram besteiras nas sessões.
Dos 155 “projetos”, nada menos que
151 era apenas homenagens.
Quem faz companhia a Ângela é o
deputado Augusto Castro (PSDB), que
teve votação expressiva no sul da
Bahia e já apresentou 20 projetos sem
relevância.
Segundo o Portal Transparência
Brasil, mais de 90% dos projetos
apresentado pelo deputado não tem
importância alguma. Um pouco atrás
aparece Gilberto Santana, com 75%
dos projetos sem qualquer relevância.
Dos 36 projetos apresentados, 27
eram homenagens.
Outro conhecido dos eleitores do
sul da Bahia que tem desempenho
pífio é o deputado Leur Lomanto
Júnior. Nada menos do que 87,4%
dos projetos apresentados pelo
parlamentar não tinha nenhuma
relevância, pois tratava-se de
homenagens.
Sobre as faltas, os deputados
alegam que “justificaram a ausência”
ou “chegaram atrasados” no plenário.
Mas receberam por todas as sessões
a que faltaram.
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